sexta-feira, 23 de novembro de 2012

23-11 A nossa última aula




Aiiii, gente!! Quanto tempo!! :) 
Vamos repassar a nossa agenda para os amigos perdidos:
02/11- foi feriado. Não, não tivemos aula, né?
09/11- Tivemos aula sobre poesia realista com a Kátia e um trecho da poesia modernista comigo. O resumo está no post de 19/10, pois eram aulas que se completavam
16/11- foi feriado. Não, não tivemos aula, amigos!!

Em 23/11 tivemos a nossa despedida.... Aiiii, quanta saudade vocês vão deixar... E como toda despedida, tinha que ser especial. Por isso, a Mariana Coelho - ex-pibid- voltou e fez aquela aula maravilhosa com vocês. Para quem perdeu, a Mariana falou da construção de um texto e das características, habilidades e estratégias de um bom leitor. Eu jamais conseguiria resumir tamanha criatividade nessas linhas. Porém, quem quiser os slides, manda um e-mail para o PiBiD cult (ali em cima, óh: contato). Por agora, fiquem com as fotos, que podem contar melhor do que eu, como foi aquele dia...


A aula mais animada que a Mari
Todas acompanhando...


Ideias

O lanchinho que deixará saudades!!


A galera que vai deixar saudades... 
CULT- menos eu! :D

A dinâmica da Camila


A Mari ainda deu uma canjinha... Olha que voz linda.... AMOR!!


Beijos e despedida mesmo mesmo, isso ai não foi!! A gente ainda vai se encontrar nas coloridas ruas da vida: certeza!! 
~T.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

26/10- Ao Vivo na UnB

Olhem ai: eu e o coordenador do PiBiD, prof Kleber, apresentando os resultados do projeto para todos os outros pibidianos da UnB! Pfv, cadê a CURTIDA em nome do orgulho??

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

SEMEX- UnB 2012

Amiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiigos, atenção! Atenção!!

 

Amanhã, 26/10, NÃO HAVERÁ AULA, pois estaremos na amostra de cursos/PiBiDs na UnB. Nosso banner estará amostra no IB (Instituto de Biologia), que fica no final do ICC sul- Ala Sul (um prédio branco novo), no subsolo. Horário: das 14h às 16h. Mas a amostra começa às 8h e vai até às 17h. É uma ótima oportunidade para vocês conhecerem a UnB, almoçarem no RU (+/- R$ 5) e saberem mais dos cursos que a UnB oferece. Por favor, apareçam para ver o banner e para nos dar uma força!! Ahhhh usem a blusa linda do PiBiD. 


Pfv, compartilhem esse recado no mural do FB de vocês: kiko, Nathi, Nick, Nessa, Mamede, Micael e todo mundo q sempre aparece nas aulas.



sexta-feira, 19 de outubro de 2012

19/10- Um Grande Sertão de Poesias

Olá, amigos-fofos! Eu sempre começo meu texto lembrando que isso aqui é um breve resumo da aula do dia 19/10, e que no dia, nós começamos apresentando João Guimarães Rosa (nós é muita gente. A Kátia.) e a Natália apresentou o novo acordo ortográfico em trechos escritos por esse autor. E eu? Ah, eu falei das poesias contemporâneas! Vamos lá...

Ahhhhh Guimarães Rosa... Um lindo! Em uma palavra? Um neologista! 

Nasceu em 27/06/1908, em Minas Gerais, e morreu em 19/11/1967.

Um dos maiores nomes da Literatura Brasileira do século XX. Guimarães Rosa significa para a Literatura do século XX, o que Machado de Assis significou no século XIX. Estudou em escola bilíngue alemã e aprendia línguas com muita facilidade. 

Guimarães Rosa conseguiu renovar e reinventar a linguagem regionalista (tema explorado por vários autores da nossa Literatura).

Formou-se em medicina e em 1934 tornou-se diplomata chegando a ser embaixador.
Era um estudioso das línguas e da natureza e sua passagem por vários países só fez aumentar seu interesse.


OBRAS

- Magma (poesias – 1036): não chegou a publicar. 
- Sagarana (1946 – contos e novelas regionalistas): livro de estréia
Obs: se procurarmos no dicionário a palavra Sagarana, não a encontraremos. Ela foi inventada pelo autor. Isso é o chamado Neologismo. 
- SAGA (radical germânico): usado para designar narrativas em prosa.
- RANA (sufixo tupi-guarani): significa “à semelhança de”
- Corpo de Baile (1956 – novelas): essa obra é atualmente publicada em 3 partes:–Manuelzão e Minguilim–No Urubuquaquá, no Pinhém
–Noites do Sertão
- Grande Sertão:Veredas (1956)
- Tutaméia – Terceiras estórias: causou furor no meio literário e dividiu a critica, porém, fez grande sucesso com o público. Foi o último livro que Guimarães Rosa publicou em vida.
- Com o vaqueiro Mariano (1947)
- Estas estórias (1969 – contos)*
- Ave, palavra (1970 – diversos)*

*obras póstumas

Características de sua obra:

Além das criações de palavras (neologismos) podemos apontar outras características. 
- Temas envolvendo destino, vida, morte, Deus.
- O uso de aliterações e onomatopeias.
- A língua falada no sertão está presente em sua obra (fruto de anotações e pesquisas lingüísticas).

Guimarães Rosa utiliza termos que não são mais usados, cria neologismos, faz empréstimos de palavras estrangeiras e explora estruturas sintáticas para recriar e reinventar a língua portuguesa.
Além disso, Guimarães Rosa faz uso do ritmo, aliterações, metáforas e imagens para criar uma prosa mais poética ficando no limite entre a poesia e a prosa.

A obra de Guimarães Rosa alcança uma dimensão universal, ou seja, ficamos tão envolvidos com suas histórias que, aos poucos, nos tornamos sertanejos e jagunços e passamos a pertencer àquele mundo recheado de indagações sobre a existência de Deus e do diabo, o bem e o mal, a violência, etc.

Grande Sertão:Veredas é considerada a obra-prima do escritor e um dos melhores romances da nossa literatura. Trata-se de um monólogo do início ao fim do livro.
Riobaldo (ex-jagunço e chefe de bando, mas agora vive como fazendeiro) conta para um interlocutor suas aventuras.
Os questionamentos de Riobaldo sobre os mistérios da vida são um reflexo do que todos nós sentimos em relação a vida e a existência.

O romance que sugere várias interpretações, até hoje desafia a critica, o público e os estudiosos da literatura brasileira.
Foi traduzido para vários idiomas e ganhou 3 prêmios nacionais:
- Machado de Assis (do Instituto Nacional do Livro)- Carmem Dolores Barbosa (SP)
- Paula Brito (RJ)
Guimarães Rosa morreu em 19/11/1967, 3 dias depois de assumir a cadeira na Academia Brasileira de Letras.
Essa posse, foi adiada por ele várias vezes, porque ele tinha medo da emoção que o momento poderia trazer.
No mesmo ano (67) seria indicado ao Premio Nobel de Literatura, porém sua morte impediu que isso acontecesse.

Guimarães Rosa começou a escrever aos 38 anos e sua obra e seu nome conquistaram o respeito e a admiração do mundo inteiro.


Fonte: Site do InfoEscola com adaptações

Quando a Kátia Carolina terminou sua excelente interpretação sobre Guimarães Rosa, a Natália Gouveia falou do novo acordo ortográfico mostrando exemplos em textos dele, como disse antes. 
Hífen

Usa-se: (tentem apreender as regras pelosexemplos, ok?)

1. Circum-navegação; pan-americano.

2. Hiper-realista; super-resistente;inter-regional.

3. Micro-ondas; anti-inflamatório; infra-auxiliar.OBS: Infraestrutura.
4. Guarda-chuva; arco-íris; boa-fé; João-Ninguém;porta-malas.OBS: Girassol; madressilva; mandachuva; pontapé;
paraquedas.

5. Grão-Pará.

6. Passa-quatro.

7. Baía de Todos-os-Santos.

8. Co-autorOBS: Cooperação.

9. Cosseno; extraregular; microssistemas; antissemita;contrarregra.

10. Reco-reco, blá-blá-blá; zum-zum.

11. Queda-d`água; gota-d`água.

12. Belo-horizontino; porto-alegrense;Guiné-Bissau; norte-americano.

13. Bem-te-vi; peixe-espada; mico-leão-dourado.

14. Anti-higiênico; sobre-humano.

15. Sub-base; sub-reitor.OBS: Subumano.

16. Ex-aluno; sem-terra; além-mar; aquém-mar;recém-casado; pós-graduação; pré-vestibular; pró-europeu; vice-rei.

17. Mal-assombrado; mal-humorado; mal-limpo.

18. Bem-aventurado; bem-vivido; bem-nascido.OBS: Benfeito; benquisto.


Música produzida pelo meu grupo de seminário para a disciplina de Leitura e Produção de Texto no 1/2010 da Universidade de Brasília: 


Universidade de Brasília

Instituto de Letras
Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas
Disciplina: Leitura e Produção de Texto
Professora: Michelle Machado
Alunos: Rodrigo Maia, Rodrigo Correia, Mateus Barbosa, Rômulo Ferreira, Samuhel Azevedo, Felipe Fernandes, Natália Gouveia e Daniel Souto.

Música: Hifenização

Um famoso gramático,
Sobre hifenização,

Disse ser bem problemático
Uma infernização
Este modesto grupinho
Vai lhes demonstrar que não.



Agora vamos sempre usar
O hífen antes do H

Mas só para te lembrar
E para não haver engano
A exceção a essa regra
É a palavra subumano.


Beija-flor, bem-te-vi,
Tico-tico, quero-quero,
Trinca-ferro e João-de-Barro

Todos bem hifenizados
Cantando alegremente
Nas subidas do cerrado.



Agora entre duas margens
Que nunca se conheceram

O hífen em qualquer texto
Pra evitar aglutinação
Na linha seguinte se repete
Ou vai ter reprovação.



Infraestrutura agora é junto
Micro-ondas separado

Arrume esta gravata
Não seja tão desleixado
Autorretrato é junto
Com o R duplicado.



A minha ex-namorada
Filha do ex-presidente

Me trocou pelo ex-prefeito
Mas eu esperto e valente
Sei que aí ou uso o hífen
Ou choro mostrando os dentes.


Serei teu superamigo
Olhe não me entenda mal

O superinteressante
Em uma viagem interestadual
É que ou você retira o hífen
Ou te chamamos de animal.



Espero que todos tenham
Aprendido essa lição

Na maior simplicidade
Foi feita de coração
Isso é que é mourão voltado
Issso é que é voltar morão.
Você viu o resultado
Espero não ser reprovado
Por ter feito essa canção.



E para fechar esse dia, eu falei de poesia contemporânea. 
Os tipos de poesia contemporânea, de 1960 para cá, apresentam novas formas de composição como recurso poético. Alguns acontecimentos políticos e alguns movimentos sociais ajudaram no processo. 

—Entre 1964 até 1985- o Brasil sofreu com a ditadura militar e sua falta de liberdade de expressão. 

—Foi nesse período que surgiram a Bossa-Nova, o Tropicalismo e o “iê-iê-iê”.  
—A loucura do tricampeonato e do movimento “Para Frente Brasil”. 
—Em 1992- O movimento dos Cara Pintadas tira Collor do poder. Ele foi o primeiro presidente eleito por voto direto. 
A poesia dessa época também é chamada de poesia concretista: 
Assim, o concretismo: é uma manifestação que apostará no predomínio da comunicação visual sobre a verbal. Privilegia o desenho do poema. Assim, acaba com os versos, aproveita todo o espaço, explora o significado da palavra, rejeita o lirismo, rejeita o tema e incentiva as várias leituras. São nomes desse período: Ferreira Gullar, Pedro Xisto, Wlademir Dias Pinto. Eles fundaram uma revista em 1952, Noigandres, que significava “antídoto do tédio”.


Tirei uma fotinho do livro! 
A poesia- práxis e o poema processo

—A poesia-práxis é aquela que liga a palavra ao seu contexto social, valorizando a carga conotativa também.
—O poema-processo: ele renega a palavra quase que por completo, utilizando signos visuais, buscando a poesia que havia neles. É uma mensagem mais para ser vista do que para ser lida.
—A poesia social dessa época: é a expressão política e social.
Dois e Dois: quatro (Ferreira Gullar)
Como dois e dois são quatro
Sei que a vida vale a pena
Embora o pão seja caro
E a liberdade pequena

A Poesia Marginal
—Era uma produção pequena. Feita em mimeógrafos e vendida de mão em mão.
—É escrita de forma coloquial e despreza o “bom gosto” e a classe dominante. É muito irônica sob forte pressão política.
—Foi a poesia margina com mais aceitação pela sociedade.
PEGA LEDRÃO (Kátia Bento)
Alguém tirou
Um pedaço
Do meu
P~O.

Um exemplo de poesia


E para fechar esse dia, mando beijo! Rsrss.. E convido: semana que vem: todo mundo na UnB, hein? Tem SEMEX! 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

05/10- João C. de M. Neto não tinha Preconceito

Você sabe o que é preconceito linguístico?? Não? Pois vamos te explicar. [Na verdade, foi explicado em sala e você, aluno lindo que gosta de dormir depois do almoço, perdeu essa explicação... rsrs..]. Assim, vamos revisá-la. 

O que seria o tal preconceito linguístico? Ele existe? Se sim, qual a sua natureza? Se deve ser combatido, como todos os preconceitos, quais deveriam ser as armas de combate? 

Talvez seja bom começar por uma definição de preconceito. A do Dicionário Houaiss é bastante esclarecedora. Segundo essa fonte, preconceito é “qualquer opinião ou sentimento, quer favorável quer desfavorável, concebido sem exame crítico”, o que em seguida é mais bem especificado: “ideia, opinião ou sentimento desfavorável formado a priori, sem maior conhecimento, ponderação ou razão”.

Na segunda acepção, o preconceito é definido como “atitude, sentimento ou parecer insensato, especialmente de natureza hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; intolerância”. Os preconceitos que se tornaram mais conhecidos e cujo combate é mais aceito são o racial e o de gênero.
A expressão ‘preconceito linguístico’ é mais ou menos corrente entre leitores de sociolinguística, disciplina que estuda o fenômeno da variação linguística, os fatores que a condicionam e as atitudes da sociedade em relação às variedades. 


Um dos debates mais quentes do ano foi sobre um livro didático acusado de ensinar regras de português erradas (na verdade, ninguém leu o livro; foram lidas algumas frases soltas de uma das páginas de um dos capítulos). A acusação mereceu diversas manifestações de especialistas, que tentaram mostrar que uma língua é um fenômeno mais complexo do que parece ser quando apresentada apenas em termos prescritivos.

Voltemos ao Houaiss, que assim define preconceito linguístico: “qualquer crença sem fundamento científico acerca das línguas e de seus usuários, como, p. ex., a crença de que existem línguas desenvolvidas e línguas primitivas, ou de que só a língua das classes cultas possui gramática, ou de que os povos indígenas da África e da América não possuem línguas, apenas dialetos”.

No fundo, o preconceito linguístico é um preconceito social. É uma discriminação sem fundamento que atinge falantes inferiorizados por alguma razão e por algum fato histórico. Nós o compreenderíamos melhor se nos déssemos conta de que ‘falar bem’ é uma regra da mesma natureza das regras de etiqueta, das regras de comportamento social. Os que dizemos que falam errado são apenas cidadãos que seguem outras regras e que não têm poder para ditar quais são as elegantes.
Isso não significa dizer que a norma culta não é relevante ou que não precisa ser ensinada. Significa apenas que as normas não cultas não são o que sempre se disse delas. E elas mereceriam não ser objeto de preconceito.
Depois disso, a Dama falou da colocação pronominal no trabalho de João Cabral de Melo Neto. Um lindo, que eu amo e que foi apresentado por mim. Vamos ao resumo:

# Nasceu em  Recife em 9 de janeiro de 1920. Era primo de Manuel Bandeira e do sociólogo Gilberto Freyre;
—# Foi poeta e diplomata. Sua poesia vai do surrealismo à poesia popular. Era um lindo membro da Academia Brasileira de Letras!
—# Quando morreu no Rio de Janeiro, em 1999, diziam que ele era um forte candidato ao Nobel de Literatura do ano seguinte;
—# A poesia dele busca passar emoções aos leitores: ele é objetivo, construtivista de significados e muito comunicativo. Ele falava do espaço e do tempo, de dentro e de fora, da seca e da umidade, do sertão e do litoral. É um trabalho SENSACIONALISTA e que causa estranhamento.
—# A linguagem que ele usa não é romântica. Ele é lírico na construção da imagens, apenas.
—# Algumas palavras aparecem sistematicamente e repetidamente em sua obra: seca, cortar, esfolado, pedra, osso e esqueleto. Ele fazia poesia com coisas concretas.
—# Foi até acusado de comunista... E precisou ser defendido por um advogado.


CURIOSIDADES DA VIDA DELE:
#Desde muito jovem, tomava de 3 a 10 aspirinas por dia. Aspirinas que ele chamava de “luz” e “sol”. E que dizia serem responsáveis pela sua criatividade.

—Nunca foi aos encontros da Academia Pernambucana de Letras. Nem no dia que foi nomeado membro.

PRINCIPAIS OBRAS: 
Morte e Vida Severina- 1966- seu mais notório trabalho:
-Mostra o drama de um imigrante nordestino em busca de melhores condições de vida; 



-O Chico Buarque que musicou o poema e a obra virou peça de teatro e não parou de ser encenada, ganhando vários prêmios internacionais;

-O poema é feito em redondilha maior (sete sílabas métricas) e é do tipo dramático. Tem duas partes: a fuga da morte (até a chegada em Recife) e o encontro da vida (quando vai morar na capital).

A Educação Pela Pedra- 1966
A Escola das Facas- 1980

A música por Chico Buarque, aqui óh: http://www.youtube.com/watch?v=gGLDaE01PdA

A primeira animação em 3D feita com essa obra: http://www.youtube.com/watch?v=alOXpuFX8yo

A colocação pronominal foi feita pela Dama, dentro da obra de João Cabral de Melo Neto. Vamos lá:

É o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo. Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), no meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise). Esses pronomes se unem aos verbos porque são “fracos” na pronúncia.

PRÓCLISE
Usamos a próclise nos seguintes casos:
(1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum.

Nada me perturba.
Ninguém se mexeu.De modo algum me afastarei daqui.- Ela nem se importou com meus problemas.

(2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que.
Quando se trata de comida, ele é um “expert”.


(3) Advérbios
Aqui se tem paz.
Sempre me  dediquei aos estudos. 

OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o pronome.

(4) Pronomes demonstrativos, relativos e indefinidos:

Alguém me ligou? (indefinido)
- A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)

(5) Em frases interrogativas.
Quanto me cobrará pela tradução?

(6) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).

- Deus o abençoe!
- Macacos me mordam!- Deus te abençoe, meu filho!

(7) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.

Em se plantando tudo dá.
Em se tratando de beleza, ele é campeão.

(8) Com formas verbais proparoxítonas
- Nós o censurávamos.

MESÓCLISE
Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer – amarei, amarás, …) ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não aconteceu – amaria, amarias, …)

- Convidar-me-ão para a festa.
- Convidar-me-iam para a festa.
Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.
- Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa.

ÊNCLISE

Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre errada.- Tornarei-me……. (errada)
- Tinha entregado-nos……….(errada)

Ênclise de verbo no infinitivo está sempre certa.
- Entregar-lhe (correta)
- Não posso recebê-lo. (correta)

Outros casos:
- Com o verbo no início da frase: Entregaram-me as camisas.
- Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportem-se.
- Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por instantes.
- Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-lhe tudo.

OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa, ocorrerá a próclise:
- Em se tratando de cinema, prefiro o suspense.
- Saiu do escritório, não nos revelando os motivos.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS

Locuções Verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio.

AUX + PARTICÍPIO:
o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar.
Havia-lhe contado a verdade.

Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade.

AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO:
se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.

InfinitivoQuero-lhe dizer o que aconteceu.
Quero dizer-lhe o que aconteceu.

GerúndioIa-lhe dizendo o que aconteceu.
Ia dizendo-lhe o que aconteceu.
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

InfinitivoNão lhe quero dizer o que aconteceu.
Não quero dizer-lhe o que aconteceu.

GerúndioNão lhe ia dizendo a verdade.
Não ia dizendo-lhe a verdade.

É isso, amigos! Lembrem-se dia 12/10 não haverá aula. É feriado! Aproveitem para ler, estudar, colocar as redações em dia... hahaha 


Abraço da Tarci e estudem!!