sexta-feira, 28 de setembro de 2012

28/09- Mais regras ortográficas com a Clarice

Oi, pessoal! Hoje a nossa aula foi uma revisão do Novo Acordo ortográfico. E os exemplos foram retirados de textos da Clarice Lispector. Vou repostar aqui, o que a Nati já havia apresentado. Como o novo acordo é bem longo e isso é REVISÃO, vou colocar aqui alguns pontos e um link para que vocês possam ler a versão completa.

1- O nosso alfabeto tem, oficialmente, 26 letras. O "K", o "Y" e o "W" agora são considerados. 
2- O trema (lembra do trema? aqueles dois pontinhos em cima do u?), pois é... o trema já era. Foi-se. Finito. Sumiu.
3- Os ditongos abertos "ei" e "oi" não são mais acentuados em palavras paroxítonas. Assim, ideia, estreia e geleia ficarão "peladas". 


Antes de apresentar os exemplos nos textos de Clarice, a Kátia falou da vida e obra dessa autora brasileira tão aclamada pela crítica internacional:

Clarice Lispector (Tchetchelnyk, Ucrânia 1925 -  Rio de Janeiro RJ 1977). Romancista, contista, cronista, tradutora e jornalista. Nascida numa aldeia ucraniana, imigra com a família para o Brasil em 1926, instalando-se em Maceió. Em 1929, vive com os pais em Recife, onde faz os primeiros estudos e aprende os idiomas inglês e francês (em casa, conversa em iídiche com os pais, de origem judaica). Após a morte da mãe, a família muda-se para o Rio de Janeiro, em 1935, onde  Clarice Lispector conclui o curso ginasial, lê autores como Eça de Queirós, Dostoiévski, Graciliano Ramos e publica o seu primeiro conto, no jornal literárioDom Casmurro, em 1936. Quatro anos depois ingressa na Faculdade Nacional de Direito e trabalha como redatora na Agência Nacional e depois no jornal A Noite. Casa-se com o diplomata Maury Gurgel Valente e vive durante quinze anos em países como Itália, Suíça, Inglaterra, Estados Unidos, onde escreve os seus primeiros livros. O romance de estreia,Perto do Coração Selvagem, é publicado em 1944, quando a autora tem apenas 19 anos de idade, e ganha o prêmio Graça Aranha. Em 1959, após o seu divórcio, volta a residir no Brasil e publica alguns de seus livros principais, como Laços de Família (1960), A Paixão Segundo G. H. (1961), Água Viva (1973) e A Hora da Estrela (1977). No Rio de Janeiro, atua como jornalista no Jornal do BrasilCorreio da Manhã e Diário da Noite, escrevendo crônicas e artigos sobre moda, beleza e comportamento para o público feminino. Em 1967, a pedido de seu filho caçula, escreve um livro para crianças, O Mistério do Coelho Pensante. Ela também adapta para o português obras da literatura infanto-juvenil, como A Ilha Misteriosa, de Júlio Verne, e As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift. Em 1976, recebe o primeiro prêmio do X Concurso Literário Nacional, de Brasília, pelo conjunto de sua obra.
Entre as suas obras, estão:


#Água Viva, publicado em 1973, é talvez o livro mais denso e enigmático de Clarice Lispector. O enredo do romance poderia ser resumido à história de uma pintora que inicia um quadro e resolve escrever para o antigo amante (numa conjunção entre a arte e o amor, dois temas básicos da autora). Porém, praticamente não há ações exteriores nesse monólogo fragmentário, elíptico, musical, quase abstrato, que se aproxima da linguagem poética ("É com uma alegria tão profunda. É uma tal aleluia. Aleluia, grito eu, aleluia que se funde com o mais escuro uivo humano da dor de separação mas é grito de felicidade diabólica"). As referências simbólicas ao útero, à placenta, ao líquido amniótico, por sua vez, permitem uma leitura de ordem psicanalítica, que tem orientado alguns dos estudos sobre a obra de Clarice Lispector.

# A Hora da Estrela (1977), último livro que publicou em vida, parece o romance mais singular na obra da autora, exatamente por se afastar das características que manteve ao longo de quase todo o seu trabalho criativo. O romance conta a saga de Macabéa, datilógrafa nascida em Alagoas que migra para o Rio de Janeiro, onde conhece Olímpico de Jesus, também nordestino, com quem vive uma relação amorosa decepcionante. Após consultar-se com uma vidente, que prevê um futuro feliz para Macabéia, ela morre num acidente, atropelada por um luxuoso Mercedez-Bens, símbolo da ostentação da prosperidade material.

Clarice Lispector também é notável contista, tendo publicado oito livros com histórias curtas, em que se destacam Laços de Família (1960), A Legião Estrangeira (1964) e Felicidade Clandestina (1971). A autora explora a ironia e o humor negro, mostrando o absurdo do cotidiano e das relações humanas, como no conto intitulado "Uma Galinha" (incluída emLaços de Família), em que os sentimentos de compaixão e solidariedade de uma criança pelas aves domésticas logo se transformam em seus opostos, a indiferença e crueldade (alegoria que pode ser estendida ao campo social, tanto na esfera política quanto na familiar ou na do ambiente de trabalho).

Fonte: Itaú Cultural

Digo mais uma vez: as aulas são bem mais divertidas que nossos resumos, mas vocês podem estudar por aqui também! Um forte abraço e estudem!! Estudem!!

~T.


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

21/9- Érico Veríssimo e as O.Sub.Adj e Subst.

Oi, amigos! Oi, mais uma vez! Como eu sempre digo todas às vezes que posto aqui: as aulas são muito mais legais do que ler os resumos que escrevemos. Essa aula foi dividida entre a Dama, eu e a Kátia. Imaginem como foi divertida! =D  Vou começar pela minha parte então... 

O lindo do Érico Veríssimo - Alguns fatos de sua vida-



#Erico Lopes Verissimo nasceu em Cruz Alta (RS) no dia 17 de dezembro de 1905, filho de Sebastião Verissimo da Fonseca e Abegahy Lopes Verissimo.


# Aos 13 anos, lê autores nacionais — Coelho Neto, Aluísio Azevedo, Joaquim Manoel de Macedo, Afrânio Peixoto e Afonso Arinos. Com tempo livre, tendo em vista o recesso escolar devido à gripe espanhola, dedica-se, também, aos autores estrangeiros, lendo Walter Scott, Tolstoi, Eça de Queirós, Émile Zola e Dostoievski. 


—# Seus pais separam-se em dezembro de 1922. Vão — sua mãe, o irmão e a filha adotiva do casal, Maria, morar na casa da avó materna. Para ajudar no orçamento doméstico, torna-se balconista no armazém do tio Americano Lopes. Os tempos difíceis não o separam dos livros: lê Euclides da Cunha, faz traduções de trechos de escritores ingleses e franceses e começa a escrever, escondido, seus primeiros textos. 


Toma gosto pela música lírica, que passa a ouvir na casa de seus tios Catarino e Maria Augusta. Seus primos, Adriana e Rafael, filhos do casal, seriam os primeiros a ler seus escritos. 

O colega de boticário e escritor Manoelito de Ornellas envia ao editor da “Revista do Globo”, em Porto Alegre, os contos “Ladrão de gado” e “A tragédia dum homem gordo”, onde, aprovadas, foram publicadas. 

Com a falência da farmácia, em 1930, o autor muda-se para Porto Alegre disposto a viver de seus escritos. No final do ano é contratado para ocupar o cargo de secretário de redação da “Revista do Globo”, cargo que ocupa no início do ano seguinte. 

Em 1932, é promovido a Diretor da “Revista do Globo”, ocasião em que é convidado por Henrique Bertaso, gerente do departamento editorial da “Livraria do Globo”, a atuar naquela seção, indicando livros para tradução e publicação. Sua obra de estréia, “Fantoches”, uma coletânea de histórias em sua maior parte na forma de peças de teatro. Foram vendidos 400 exemplares dos 1.500 publicados. A sobra, um incêndio queimou. 

#Traduz, em 1933, “Contraponto”, de Aldous Huxley, que só seria editado em 1935. Seu primeiro romance, “Clarissa”, é lançado com tiragem de 7.000 exemplares. 

Seu romance “Música ao longe” o faz ser agraciado com o Prêmio Machado de Assis, da Cia. Editora Nacional, em 1934. No ano seguinte, nasce sua filha Clarissa. Outro romance, “Caminhos cruzados”, recebe o Prêmio Fundação Graça Aranha. O autor admite a associação desse romance a “Contraponto”, de Aldo Huxley, o que faz com que seja mal recebido pela direita e atice a curiosidade e a vigilância do Departamento de Ordem Política e Social do Rio Grande do Sul, que chegou a chamá-lo a depor, sob a acusação de comunismo.



Em 1936, nasce seu filho Luis Fernando (Verissimo); 

Passa três meses nos Estados Unidos, a convite do Departamento de Estado americano, em 1941, proferindo conferências. As impressões dessa temporada estão em seu livro “Gato preto em campo de neve”. Ele e seu irmão Enio são testemunhas de um suicídio: uma mulher se atira do alto de um edifício quando conversavam na praça da Alfândega, em Porto Alegre. Esse acontecimento é aproveitado em seu livro “O resto é silêncio”. 

No ano seguinte, publica “O resto é silêncio”, livro que merece críticas pesadas do clero local. Temendo que a ditadura Vargas viesse a causar-lhe danos e á sua família, aceita o convite para lecionar Literatura Brasileira na Universidade da Califórnia feito pelo Departamento de Estado americano. Muda-se para Berkley com toda a família. 

O Mills College, de Oakland, Califórnia, onde dava aulas de Literatura e História do Brasil, confere-lhe o título de doutor Honoris Causa, em 1944. É publicado o compêndio “Brazilian Literature: An Outline”, baseado em palestras e cursos ministrados durante sua estada na Califórnia. Esse livro foi publicado no Brasil, em 1955, com o título “Breve história da literatura brasileira”. 


“O Arquipélago” é publicado em 1962, concluindo o projeto de “O tempo e o vento”: “O Continente”, “O Retrato” e “O Arquipélago”. O volume é considerado uma obra-prima. Visita a França, Itália e a Grécia. 

O escritor falece subitamente no dia 28 de novembro de 1975, deixando inacabada a segunda parte do segundo volume de suas memórias, além de esboços de um romance que se chamaria “A hora do sétimo anjo”. 

Em 1994, seu filho Luis Fernando assume a presidência da Associação Cultural Acervo Literário de Erico Verissimo, entidade encarregada de cuidar de toda a documentação literária do escritor. “Incidente em Antares”, adaptado por Charles Peixoto e Nelson Nadotti, com direção de Paulo José e constando de seu elenco Fernanda Montenegro,e Paulo Betti, é apresentada pela Rede Globo.


O Tempo e o Vento - a sua maior obra, levou 15 anos para ser terminada. 

—Livro regionalista (como Vidas Secas) da década de 30’, que é quase realista e aborda temas psicológicos; 

—#O Continente: A história acontece entre 1745 e 1945, em Porto Alegre e conta a saga das famílias Terra e Cambará. —Um mulher dá a luz a Pedro Missioneiro, que tem um filho com Ana Terra, o nome do menino é Pedro Terra. —Pedro Terra e o Capitão Rodrigo Cambará são personagens famosos da nossa literatura; 

# A publicação de “Um Certo Capitão Rodrigo”pela editora globo. O Retrato: O outro Dr. Rodrigo Cambará: a vida passa e as notícias chegam por meio do telégrafo e dos jornais. Os personagens são espectadores. 

#O Arquipélago: personagens participam da política. Personagens reais, como Getúlio, aparecem na história.

# —Personagens marcantes com homens machistas, mas com mulheres igualmente fortes e decididas.

O Retrato virou "série" na Globo. O link para a propaganda aqui, óh: http://www.youtube.com/watch?v=SrMsWLnZKtI  

Com tanto material que eu trouxe e com tantos trechos que vimos/lemos, a Dama teve muitos exemplos para usar durante a explicação das Orações Subordinadas Adjetivas e Substantivas.

As adjetivas:

Orações adjetivas são aquelas orações que exercem a função de um adjetivo dentro da estrutura da oração principal. Elas são sempre iniciadas por um pronome relativo. e servem para caracterizar algum nome que aparece na estrutura da frase. Há dois tipos de orações adjetivas: as restritivas e as explicativas

O. S. Adjetivas Restritivas: funcionam como adjuntos adnominais e servem para designar algum elemento da frase. Não pode ser isolada por vírgulas, e restringe, identifica o substantivo ou o pronome a qual se refere. 

Exemplo:
- Você é um dos poucos alunos que eu conheço.
Suj. + VL + predicativo + O.S. Adjetiva Restritiva
- Eles são um dos casais que falaram conosco ontem.
Suj. + VL + predicativo + O.S. Adjetiva Restritiva
- Os idosos que gostam de dançar se divertiram muito.
Suj. + O.S. Adjetiva Restritiva + VI + adj. Adv.

O. S. Adjetivas Explicativas: ao contrário das restritivas, são quase sempre isoladas por vírgulas. Servem para adicionar características ao ser que designam. Sua função é explicar, e funciona estruturalmente como um aposto explicativo.

Exemplo:

- Meu tio, que era advogado prestou serviços ao réu.
Sujeito + O.S. Adj. Explicat. + VTDI + OD + OI

- Eu, que não sou perfeito, á cometi alguns erros graves.Suj. + O.S. Adj. Explicat. + VTD + OD
- Os idosos, que gostam de dançar, se divertiram muito.
Suj. + O.S. Adj. Explicat. + VI + Adj. Adv.

As substantivas:

São orações que exercem a mesma função que um substantivo na estrutura sintática da frase.
Exemplo 1:
A menina quis um sorvete. (período simples)
A menina = sujeito;
Quis = verbo transitivo direto;
um sorvete= objeto direto 

Temos duas posições na frase anterior em que podemos usar um substantivo: o sujeito (menina) e o objeto direto (sorvete). Nessas mesmas posições podem aparecer, em um período composto, orações subordinadas substantivas.

Dependendo de onde elas apareçam e da função que elas exerçam, poderemos classificar como Subjetiva (função de sujeito) ou como Objetiva direta (função de objeto direto).
Sendo assim, notamos que:
A menina quis que eu comprasse sorvete. (período composto)
A menina = sujeito;
Quis = verbo transitivo direto;
Que eu comprasse sorvete = Oração subordinada substantiva Objetiva direta


E ainda em:
Quem me acompanhava quis um sorvete. (período composto)
Quem me acompanhava = oração subordinada subjetiva;
Quis = verbo transitivo direto;
Um sorvete = Objeto direto;


Além das posições de sujeito e objeto direto,  as orações subordinadas substantivas podem exercer a função de um predicativo, de um objeto indireto, de um aposto ou de um complemento nominal.

Portanto podemos ter oração subordinada substantiva de 6 tipos:
1. Subjetiva: ocupa a função de sujeito.
Exemplos:
- É preciso que o grupo melhore.

- Consta que esses homens foram presos anteriormente.
VI + O. S. S. Subjetiva


2. Predicativa: ocupa a função do predicativo do sujeito.
Exemplos:
- A dúvida é se você virá.
Suj. + VL + O. S. S. Predicativa

- A verdade é que você não virá.
Suj. + VL + O. S. S. Predicativa


3. Objetiva Direta: ocupa a função do objeto direto. Completa o sentido de um Verbo Transitivo Direto.
Exemplos:
- Nós queremos que você fique.
Suj. + VTD + O. S. S. Obj. Direta



4. Objetiva Indireta: ocupa a função do objeto indireto.
Exemplos:
- As crianças gostam (de) que esteja tudo tranqüilo.
Sujeito + VTI + O. S. S. Objetiva Indireta

- A mulher precisa de que alguém a ajude.
Sujeito + VTI + O. S. S. Obj. Indireta


5. Completiva Nominal: ocupa a função de um complemento nominal.
Exemplos:
- Tenho vontade de que aconteça algo inesperado.
Suj. + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Completiva Nominal

- Toda criança tem necessidade de que alguém a ame.
Sujeito + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Comp. Nom.


6. Apositiva: ocupa a função de um aposto.
Exemplos:
- Toda a família tem o mesmo objetivo: que eu passe no vestibular.
Sujeito + VTD + Objeto Direto + O. S. S. Apositiva


E é isso! Um super abraço e bons estudos! Ahhhh quem ainda estiver atrasado com as redações,
correeee!! Corre que ainda há tempo de recuperar a nota! 

Tarci



sexta-feira, 14 de setembro de 2012

14/09- Cecília fez um Acordo Ortográfico


Bem, amigos, como vocês sabem, é assim que as coisas funcionam: uma pessoa apresenta um tema literário bem legal (hoje foi a Kátia) e outra vem e usa os texto para mostrar exemplos de um outro tema, gramatical (hoje foi a Nati).  A Nati apresentou do Novo Acordo Ortográfico e tirou exemplos dos textos de Cecília Meireles para ilustrar o que apresentou. Como o novo acordo é bem longo, vou colocar aqui alguns pontos e um link para que vocês possam ler a versão completa.

1- O nosso alfabeto tem, oficialmente, 26 letras. O "K", o "Y" e o "W" agora são considerados. 
2- O trema (lembra do trema? aqueles dois pontinhos em cima do u?), pois é... o trema já era. Foi-se. Finito. Sumiu.
3- Os ditongos abertos "ei" e "oi" não são mais acentuados em palavras paroxítonas. Assim, ideia, estreia e geleia ficarão "peladas". 


Já a linda da Cecília M., foi apresentada pela Kátia... vejamos um breve resumo:

"Eu canto porque o instante existe/ E a minha vida está completa/ Não sou alegre, nem sou triste:/ - Sou poeta." Esses versos, a primeira estrofe do poema "Motivo", são bastante significativos sobre a concepção de vida e de arte que manifestou Cecília Meireles.

Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil, e de D. Matilde Benevides Meireles, professora municipal, Cecília Benevides de Carvalho Meireles foi a única sobrevivente dos quatros filhos do casal.

O pai faleceu três meses antes do seu nascimento e sua mãe quando ainda não tinha três anos. Desse modo, foi criada por sua avó, Jacinta Garcia Benevides.

Concluiu o curso primário em 1910, na Escola Estácio de Sá, ocasião em que recebeu de Olavo Bilac, Inspetor Escolar do Rio de Janeiro, medalha de ouro por ter feito todo o curso com "distinção e louvor". Diplomou-se no Curso Normal, em 1917, passou a exercer o magistério primário em escolas oficiais do antigo Distrito Federal.

Dois anos depois, em 1919, publicou seu primeiro livro de poesias, "Espectros". Seguiram-se "Nunca mais... e Poema dos Poemas", em 1923, e "Baladas para El-Rei, em 1925. Nesse meio tempo, casou-se, em 1922, com o pintor português Fernando Correia Dias, com quem tem três filhas: Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda, que se tornou uma atriz teatral consagrada.

De 1930 a 1931, manteve no "Diário de Notícias" uma página diária sobre problemas de educação. Em 1934, organizou a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro, ao dirigir o Centro Infantil, que funcionou durante quatro anos no antigo Pavilhão Mourisco, no bairro de Botafogo.

Seu primeiro marido suicidou-se em 1935. Neste mesmo ano e até 1938, passou a lecionar literatura luso-brasileira e técnica e crítica literária, na Universidade do Distrito Federal (hoje UFRJ). Colaborou, ainda, ativamente, de 1936 a 1938, no jornal "A Manhã" e na revista "Observador Econômico". Em 1940, casou-se com o professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo.

O Prêmio de Poesia Olavo Bilac, que recebeu da Academia Brasileira de Letras, pelo seu livro "Viagem", em 1939, foi o primeiro reconhecimento da alta qualidade de sua obra poética. De fato, Cecília Meirelles ocupa lugar de destaque entre a chamada Segunda geração do modernismo brasileiro.

Aposentou-se em 1951 como diretora de escola, porém continuou a trabalhar, como produtora e redatora de programas culturais, na Rádio Ministério da Educação, no Rio de Janeiro (RJ). Da mesma forma, manteve-se ativa e viajou por diversos países do mundo, ministrando conferências sobre poesia e literatura brasileira. Recebeu diversas honrarias, como a Ordem de Mérito do Chile, e o título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Nova Delhi, na Índia.

Recebeu o Prêmio de Tradução/Teatro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1962 e, no ano seguinte, ganhou o Prêmio Jabuti de Tradução de Obra Literária, pelo livro "Poemas de Israel", concedido pela Câmara Brasileira do Livro. No ano de sua morte, recebeu ainda o Jabuti de poesia pelo livro "Solombra", e, postumamente, em 1965, o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra.

Sua poesia foi traduzida para o espanhol, francês, italiano, inglês, alemão, húngaro, hindi e urdu, e musicada por Alceu Bocchino, Luis Cosme, Letícia Figueiredo, Ênio Freitas, Camargo Guarnieri, Francisco Mingnone, Lamartine Babo, Bacharat, Norman Frazer, Ernest Widma e Fagner.

Bem sei que é mais legal quando vocês aparecem nas aulas e estão presentes durante as nossas explicações. Como nem sempre é possível, aqui vai o NOSSO RESUMÃO. Aproveitem e estudem. Estamos quase no final do ano. 

Beijos da Tarci! :)

PS: Nessa aula nós revisamos também a dissertação e o tema que foi passado. Vocês lembram? Está ali, óh, na aba REDAÇÕES. Bora, galera, corre que dá tempo! 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

07/07 O Dia da Independência



Coloquei uma breve explicação aqui, mas me faça o favor, você aluno do 3 ano, reflita! O que você de todo esse movimento? Era uma saída ou era simplesmente inevitável?? Comentário em 3, 2, 1...

A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Muitas tentativas anteriores ocorreram e muitas pessoas morreram na luta por este ideal. Podemos citar o caso mais conhecido: Tiradentes. Foi executado pela coroa portuguesa por defender a liberdade de nosso país, durante o processo da Inconfidência Mineira. 

DIA DO FICO

Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta das cortes de Lisboa, exigindo seu retorno para Portugal. Há tempos os portugueses insistiam nesta idéia, pois pretendiam recolonizar o Brasil e a presença de D. Pedro impedia este ideal. Porém, D. Pedro respondeu negativamente aos chamados de Portugal e proclamou : "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico."

O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA

Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole, pois preparavam caminho para a independência do Brasil. D. Pedro convocou uma Assembléia Constituinte, organizou a Marinha de Guerra, obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino. Determinou também que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem o " cumpra-se ", ou seja, sem a sua aprovação. Além disso, o futuro imperador do Brasil, conclamava o povo a lutar pela independência.

O príncipe fez uma rápida viagem à Minas Gerais e a São Paulo para acalmar setores da sociedade que estavam preocupados com os últimos acontecimento, pois acreditavam que tudo isto poderia ocasionar uma desestabilização social. Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal que anulava a Assembléia Constituinte e exigia a volta imediata dele para a metrópole.

Estas notícias chegaram as mãos de D. Pedro quando este estava em viagem de Santos para São Paulo. Próximo ao riacho do Ipiranga, levantou a espada e gritou : " Independência ou Morte !". Este fato ocorreu no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a Independência do Brasil. No mês de dezembro de 1822, D. Pedro foi declarado imperador do Brasil.

ABRAÇO DA TARCI E BOM FERIADO!