Olá pibidianos, alunos e simpatizantes do nosso trabalho!
Essa sexta-feira foi realmente CONTEXTUALIZANTE, tivemos de tudo um pouco... afinal, o CULT não busca esgotar os assuntos; mas, depertá-los para serem conhecedores autônomos, pensadores livres.
Então, vamos relembrar a aula?
1. Afinal, o que é arte? ~ Camila Varela
A nossa querida pibidiana CULT trabalhou em sala com o tema por meio da exposição das principais obras modernistas da Matriz de Avaliação do PAS/UnB 3ª Etapa. A apresentação completa de slides você encontra no seguinte endereço: http://prezi.com/vqdypnj-y6cl/arte/
Ela incentivou a reflexão e análise crítica dos "regimes de verdade" (Michel Focault) por trás dessas belas obras.
Ela incentivou a reflexão e análise crítica dos "regimes de verdade" (Michel Focault) por trás dessas belas obras.
a) Cândido Portinari:
Ele foi o único
artista brasileiro a participar da exposição 50 Anos de Arte
Moderna, no Palais des Beaux Arts, em Bruxelas. Expôs em Paris,
Milão, Munique, Bruxelas, Israel, Bolonha, Lima, Buenos Aires, na
Galeria Wildenstein de Nova Iorque, Tchecoslováquia e outros
locais. Recebeu vários prêmios internacionais.
Características principais de suas obras:
- Retratou questões sociais do Brasil;
- Utilizou alguns elementos artísticos da arte moderna europeia;
- Suas obras de arte refletem influências do surrealismo, cubismo e da arte dos muralistas mexicanos;
- Arte figurativa, valorizando as tradições da pintura.
Características principais de suas obras:
- Retratou questões sociais do Brasil;
- Utilizou alguns elementos artísticos da arte moderna europeia;
- Suas obras de arte refletem influências do surrealismo, cubismo e da arte dos muralistas mexicanos;
- Arte figurativa, valorizando as tradições da pintura.
Cândido Portinari, Guerra, 1952, óleo sobre tela,
Ministério das Relações Exteriores, Brasília, Brasil.
Ministério das Relações Exteriores, Brasília, Brasil.
Cândido Portinari, Paz, óleo sobre tela, 1952,
Ministério das Relações Exteriores, Brasília, Brasil.
Ministério das Relações Exteriores, Brasília, Brasil.
b) Pablo Picasso
Artista espanhol, destacou-se em diversas áreas
das artes plásticas: pintura, escultura, artes gráficas e
cerâmica. Picasso
é considerado um dos mais importantes artistas plásticos do século XX.
Suas obras podem ser divididas em várias fases, de acordo com a valorização de certas cores. A fase Azul (1901-1904) foi o período onde predominou os tons de azul. Nesta fase, o artista dá uma atenção toda especial aos elementos marginalizados pela sociedade. Na Fase Rosa (1905-1907), predomina as cores rosa e vermelho, e suas obras ganham uma conotação lírica. Recebe influência do artista Cézanne e desenvolve o estilo artístico conhecido como cubismo. O marco inicial deste período é a obra Les Demoiselles d’Avignon (1907) , cuja característica principal é a decomposição da realidade humana. Na última fase de sua vida, aborda as seguintes temáticas: a alegria do circo, o teatro, as tradicionais touradas e muitas passagens marcadas pelo erotismo.
Em 1937, no auge da Guerra Civil Espanhola ( 1936-1939), pinta seu mural mais conhecido: Guernica. Esta obra já pertence ao expressionismo e mostra a violência e o massacre sofridos pela população da cidade de Guernica.
Pablo Picasso, Guernica, pintura a óleo, 1937,
Suas obras podem ser divididas em várias fases, de acordo com a valorização de certas cores. A fase Azul (1901-1904) foi o período onde predominou os tons de azul. Nesta fase, o artista dá uma atenção toda especial aos elementos marginalizados pela sociedade. Na Fase Rosa (1905-1907), predomina as cores rosa e vermelho, e suas obras ganham uma conotação lírica. Recebe influência do artista Cézanne e desenvolve o estilo artístico conhecido como cubismo. O marco inicial deste período é a obra Les Demoiselles d’Avignon (1907) , cuja característica principal é a decomposição da realidade humana. Na última fase de sua vida, aborda as seguintes temáticas: a alegria do circo, o teatro, as tradicionais touradas e muitas passagens marcadas pelo erotismo.
Em 1937, no auge da Guerra Civil Espanhola ( 1936-1939), pinta seu mural mais conhecido: Guernica. Esta obra já pertence ao expressionismo e mostra a violência e o massacre sofridos pela população da cidade de Guernica.
Pablo Picasso, Guernica, pintura a óleo, 1937,
Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, Madrid, Espanha.
c) Tarcila do Amaral
Artista brasileira. Tarsila encontrava-se em Paris acompanhada do seu namorado Oswald. Conheceram o poeta franco suíço Blaise Cendrars, que apresentou toda a intelectualidade parisiense para eles. Foi então que ela estudou com o mestre cubista Fernand Léger e pintou em seu ateliê, a tela 'A Negra'. Léger ficou entusiasmado e até chamou os outros alunos para ver o quadro. A figura da Negra tinha muita ligação com sua infância, pois essas negras eram filhas de escravos que tomavam conta das crianças e, algumas vezes, serviam até de amas de leite. Com esta tela, Tarsila entrou para a estória da arte moderna brasileira. A artista estudou também com Lhote e Gleizes, outros mestres cubistas. Cendrars também apresentou a Tarsila pintores como Picasso, escultores como Brancusi, músicos como Stravinsky e Eric Satie. E ficou amiga dos brasileiros que estavam lá, como o compositor Villa Lobos, o pintor Di Cavalcanti, e os mecenas Paulo Prado e Olívia Guedes Penteado.
Em Minas que ela viu as cores que gostava desde sua infância, mas que seus mestres diziam que eram caipiras e ela não devia usar em seus quadros. 'Encontei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão, passando-as para as minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante, ...' E essas cores tornaram-se a marca da sua obra, assim como a temática brasileira, com as paisagens rurais e urbanas do nosso país, além da nossa fauna, flora e folclore. Ela dizia que queria ser a pintora do Brasil. E esta fase da sua obra é chamada de Pau Brasil, e temos quadros maravilhosos como 'Carnaval em Madureira', 'Morro da Favela', 'EFCB', 'O Mamoeiro', 'São Paulo', 'O Pescador', dentre outros.
Artista brasileira. Tarsila encontrava-se em Paris acompanhada do seu namorado Oswald. Conheceram o poeta franco suíço Blaise Cendrars, que apresentou toda a intelectualidade parisiense para eles. Foi então que ela estudou com o mestre cubista Fernand Léger e pintou em seu ateliê, a tela 'A Negra'. Léger ficou entusiasmado e até chamou os outros alunos para ver o quadro. A figura da Negra tinha muita ligação com sua infância, pois essas negras eram filhas de escravos que tomavam conta das crianças e, algumas vezes, serviam até de amas de leite. Com esta tela, Tarsila entrou para a estória da arte moderna brasileira. A artista estudou também com Lhote e Gleizes, outros mestres cubistas. Cendrars também apresentou a Tarsila pintores como Picasso, escultores como Brancusi, músicos como Stravinsky e Eric Satie. E ficou amiga dos brasileiros que estavam lá, como o compositor Villa Lobos, o pintor Di Cavalcanti, e os mecenas Paulo Prado e Olívia Guedes Penteado.
Em Minas que ela viu as cores que gostava desde sua infância, mas que seus mestres diziam que eram caipiras e ela não devia usar em seus quadros. 'Encontei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão, passando-as para as minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante, ...' E essas cores tornaram-se a marca da sua obra, assim como a temática brasileira, com as paisagens rurais e urbanas do nosso país, além da nossa fauna, flora e folclore. Ela dizia que queria ser a pintora do Brasil. E esta fase da sua obra é chamada de Pau Brasil, e temos quadros maravilhosos como 'Carnaval em Madureira', 'Morro da Favela', 'EFCB', 'O Mamoeiro', 'São Paulo', 'O Pescador', dentre outros.
Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um presente de aniversário
especial ao seu marido, Oswald de Andrade. Pintou o Abaporu. Quando
Oswald viu, ficou impressionado e disse que era o melhor quadro que
Tarsila já havia feito. Chamou o amigo e escritor Raul Bopp, que também
achou o quadro maravilhoso. Eles acharam que parecia uma figura
indígena, antropófaga, e Tarsila lembrou-se do dicionário Tupi Guarani
de seu pai. Batizou-se o quadro de Abaporu, que significa homem que come
carne humana, o antropófago. E Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e
fundaram o Movimento Antropofágico. A figura do Abaporu simbolizou o
Movimento que queria deglutir, engolir, a cultura européia, que era a
cultura vigente na época, e transformá-la em algo bem brasileiro. A artista contou que o Abaporu era uma imagem do seu inconsciente, e
tinha a ver com as estórias de monstros que comiam gente que as negras
contavam para ela em sua infância.
O Pescador, tem um colorido
excepcional e trata de um tema bem brasileiro: um pescador num lago em
meio a uma pequena vila com casinhas e vegetação típica. Este quadro foi
exposto em Moscou, na Rússia em 1931 e foi comprado pelo governo russo.
2. Vanguardas Europeias. ~ Kátia dos Santos
a) Futurismo:
O
Futurismo por líder Marinetti (1876 – 1944), artista que dedicou a sua vida à
produção e divulgação deste movimento vanguardista na literatura (influenciou
quase todas as literaturas modernas), pintura, escultura, música, mecânica, etc.
Foi o movimento artístico mais famoso, surgiu entre o Simbolismo e a Primeira
Guerra Mundial. Sendo assim, a história futurista pode ser divida em três
fases: a.1) 1905 – 1909: publicação do
primeiro manifesto, que defendia o verso livre na composição poética; a.2) 1909 – 1914: período de publicação
da maior parte dos manifestos futuristas, defendia o uso livre das palavras e
da imaginação; a.3) 1919 – em diante:
o futurismo virou um movimento de propagação do fascismo da e critica à
burguesia liberal.
O
ano mais importante para tal movimento é 1913, por: aderirem ao movimento
artistas importantes, como Papini, Soffici, Whitman, Verhaeren, Zola, Gustave
Kahn, Paul Adam, Apollinaire (líder do movimento Cubista), entre outros; ser um
período em que os pintores futuristas fizeram mais exposições pela Europa e
conseguiam admiradores de diferentes tipos de artes (poetas, outros pintores, músicos,
críticos, etc.), gerando uma verdadeira revolução nas artes do século XIX
(final) e XX (início). A base filosófica futurista tem por constituinte as
ideias de Bergson: “Ao conhecimento da essência imutável do eterno, opunha o
conhecimento de uma realidade criadora e em permanente movimento” (com adaptações).
As
características do Futurismo são: exaltação da vida moderna (inovações na
tecnologia e nas relações sociais), culto à máquina e à velocidade, destruição
das tradições, rompimento com a sintaxe clássica a qual dominava a expressão
literária (defendia que as palavras deveriam ser compreendidas por analogia).
A
Itália foi o “palco” do futurismo, porque além de ser o país de morada de
Marinetti, era o centro da civilização latina (cultuava o passado) e era contra
isso que o Futurismo se opunha (ao divulgar o futuro em detrimento do passado,
por isso se tornou efêmero, visto a constante renovação tecnológica no mundo).
b) Expressionismo:
O
Expressionismo representa por meio da arte (visto esta ser a expressão máxima
da personalidade humana, onde a espiritualidade supera o filtro da
racionalidade), a subjetividade humana, os pensamentos e sentimentos mais
intrínsecos com o intuito de encontrar salvação/paz (por isso ser relacionado ao
Impressionismo – este se caracteriza pela manifestação da intuição; também
possui identificação com o Futurismo, quanto à liberdade de criação, o
Surrealismo e o Dadaísmo – ambos por defenderem o automatismo psíquico). A
consequência foi uma verdadeira revolução cultural, pois não afetou somente as
artes; mas, a política, a filosofia e a religião. A palavra que nomeia o
movimento foi adotada pela literatura, por influenciar a criação poética, esta
retratava temas como a inércia, o sentimento burguês e a fome utilizando de
metáforas e palavras desorganizadas sintaticamente (comparação de como ocorre o
fluxo de pensamento).
A
realidade na obra expressionista é tratada como una: o artista não controla a
expressividade de seus pensamentos quando está criando sua obra, sendo que esta
passava a expressar a si mesma. Sendo uma maneira de contrapor o conceito de
equilíbrio “clássico” (porque tal não é primitivo do ser humano, mas sim
controlado pela razão), definindo um equilíbrio representativo, pois os
sentidos se confundiam com o espírito na composição artística.
Muitos
artistas – influenciados por Nietzsche e pelo decadentismo do fim do século –
tratavam sobre o caos político, social e religioso de forma supranacional,
apesar de os temas das artes serem relacionados com a realidade Alemã (eram
contra o positivismo e o naturalismo). Sendo, então, dividido em três fases: Pré-expressinistas (Van Gogh, Cézanne,
grupo Die Brücke, Julien-Auguste), Expressionismo
(o movimento foi influenciado pela Primeira Guerra Mundial, as obras ficaram
famosas por sua intensidade produtiva e preocupação metafísico-religiosa com a
arte) e A República de Weimar
(Hitler toma o governo da Alemanha e término do movimento).
c) Cubismo:
O
Cubismo começou na pintura em 1909 (representavam a realidade por meio de
estruturas geométricas desordenadas, que são organizadas pelo espectador; desta
maneira o objeto poderia ser pintado sob todos os seus aspectos, ângulos,
planos, etc.); e depois influenciou a literatura (a poesia dividia a realidade em
planos superpostos e simultâneos), em 1917.
Os
poetas assimilaram as técnicas da pintura e esta assimilou as ideias
filosóficas e poéticas para compor suas telas. Apollinaire, o líder no
movimento cubista, em seu artigo Méditations
esthétiques, de 1913, incentivava a mescla das diferentes artes na obra.
Apesar de que o artigo, em sua maior parte, refere-se à pintura, ele diz que os
artistas possuem uma função social: descaracterizar a natureza, evitando a
monotonia no olhar humano, para criar um caos; o qual será ordenado pelos
poetas e pintores de acordo com a sua época.
A
pintura cubista, conectada ao Construtivismo de Cézanne, tem como grandes
representantes: Picasso, Braque, Delaunay, Picabia, Fernand Léger, Mondrian e
Juan Gris. A poesia cubista tem como representantes: Max Jacob, Reverdy,
Salmon, Cendrars; eles desenvolveram seu sistema poético de composição
paralelamente ao Dadaísmo. O resultado disso foi que a poesia passou a ter
características: linguagem, em sua maioria, nominal e caótica; ilógicas;
humorísticas; antiintelectuais; instantaneísmo e simultaneidade.
d) Dadaísmo:
Tal
movimento reuniu o Futurismo, o Expressionismo e o Cubismo; foi influenciado
pela Primeira Guerra Mundial, a qual serviu para comprovar a visão dadaísta de
desagregação literária; valorizavam o presente, e tendo aquele fato histórico
como contexto, acreditava que a única coisa que restava ao artista é produzir
uma antiarte, uma antiliteratura. É considerado um movimento internacional,
porque surgiu em várias cidades europeias ao mesmo tempo; porém Zurique teve
destaque, pois os dadaísta deste lugar eram desertores do exército alemão, e
temiam que os alemães ganhassem a guerra.
Há
muitas especulações a cerca da criação do nome Dadaísmo, Tristan Tzara (1896 –
1963) líder do movimento, diz que o importante é diferenciar o movimento dos
outros “-ismos” vanguardistas. Muitos artistas, na época, ligavam o nome
Dadaísmo ao “mundo” infantil, e isto é uma importante correlação; pois tal
Vanguarda criticava a sociedade da época e comparavam-na com crianças (não
havia razão guiando suas ações, e por isso a Europa estava um caos). A
preocupação em tentar se definir rendeu um movimento bastante rico em
manifestos; sendo considerado até radicalista (quanto a busca por uma renovação
poética) apesar de não possuírem transcendência e dramatismo na escrita.
A
composição artística desta pode ser caracterizada, esteticamente, pela: improvisação,
desordem sintática e semântica (criavam muitas palavras novas, onde a significação
dependia apenas do significante), dúvidas/questionamentos, predomínio da
percepção artística, agnosticismo, desequilíbrio (contra o equilíbrio das
ideias e sentimentos), irracionalismo (uso do automatismo psíquico, influência
do Surrealismo, na composição), associação das palavras por metáforas,
afastamento do público da interpretação da obra e ausência de rigor e
unidade/coerência na mensagem. O movimento perdeu força em 1921, por causa da
perseguição Surrealista.
e) Surrealismo:
Considerado
o último movimento vanguardista, surgiu em 1924 com o Manifeste du surréalisme de André Breton (1896 – 1970). Está
bastante ligado ao Expressionismo, porque defende a independência humana da
influência social (psicológica e cultural); e isso só é possível quando o ser
humano conhece sua espiritualidade, sua essência, o que há de mais primitivo
(usavam técnicas da magia e alquimia medieval); se libertando dos freios da
lógica/razão.
Diferente
das outras Vanguardas, o Surrealismo não trata da Primeira Guerra Mundial, mas
está fortemente ligado à atividade revolucionária comunista. O que levou à
divisão e diminuição dos seus componentes com a divisão do grupo de pesquisa em:
comunistas e não-comunistas. Fortemente ligados à psicanálise de Freud, estudavam-no
e faziam experiências com os sonhos (usando técnicas hipnóticas), usavam a
pintura e a poesia para divulgar suas descobertas investigativas do
inconsciente. A poesia, a partir de 1925, virou meio de agitação social, ao
tratar de temas como: a conscientização política comunista e protestos contra
as influências capitalistas e religiosas sobre a consciência humana (para criar
seres humanos superiores eles deveriam estar libertos dessas influências). Por
isso, repercutiu na maior parte das literaturas ocidentais do séc. XX, às vezes
até tardiamente (caso de Portugal, aonde estas ideias só chegaram em 1947).
Michel
Carrouges definiu o surrealismo como uma filosofia que busca dominar o “segredo
do universo”, justamente por ligar a literatura à ciência em seu método de
investigação do inconsciente humano.
O movimento modernista eclodiu em um contexto repleto de agitações
políticas, sociais, econômicas e culturais. Em meio a este redemoinho
histórico surgiram as vanguardas artísticas e linguagens liberadas de
regras e de disciplinas. A Semana, como toda inovação, não foi bem
acolhida pelos tradicionais paulistas, e a crítica não poupou esforços
para destruir suas idéias, em plena vigência da República Velha,
encabeçada por oligarcas do café e da política conservadora que então
dominava o cenário brasileiro. A elite, habituada aos modelos estéticos
europeus mais arcaicos, sentiu-se violentada em sua sensibilidade e
afrontada em suas preferências artísticas.
A nova geração intelectual brasileira sentiu a necessidade de
transformar os antigos conceitos do século XIX. Embora o principal
centro de insatisfação estética seja, nesta época, a literatura,
particularmente a poesia, movimentos como o Futurismo, o Cubismo e o Expressionismo
começavam a influenciar os artistas brasileiros. Anita Malfatti trazia
da Europa, em sua bagagem, experiências vanguardistas que marcaram
intensamente o trabalho desta jovem, que em 1917 realizou a que ficou conhecida
como a primeira exposição do Modernismo brasileiro. Este evento foi
alvo de escândalo e de críticas ferozes de Monteiro Lobato, provocando
assim o nascimento da Semana de Arte Moderna.
O catálogo da Semana apresenta nomes como os de Anita Malfatti, Di
Cavalcanti, Yan de Almeida Prado, John Graz, Oswaldo Goeldi, entre
outros, na Pintura e no Desenho; Victor Brecheret, Hildegardo Leão
Velloso e Wilhelm Haarberg, na Escultura; Antonio Garcia Moya e Georg
Przyrembel, na Arquitetura. Entre os escritores encontravam-se Mário e
Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia, Sérgio Milliet, Plínio Salgado, e
outros mais. A música estava representada por autores consagrados, como
Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernani Braga e Frutuoso Viana.
A mostra de Anita Malfatti, que desencadeou a Semana,
apesar da violenta crítica recebida, reunir ao seu redor artistas
dispostos a empreender
uma luta pela renovação artística brasileira. Após a realização da Semana, alguns dos
artistas mais importantes retornaram para a Europa, enfraquecendo o
movimento, mas produtores artísticos como Tarsila do Amaral, grande
pintora modernista, faziam o caminho inverso, enriquecendo as artes
plásticas brasileiras. A Semana não foi tão importante no seu contexto temporal, mas o
tempo a presenteou com um valor histórico e cultural talvez
inimaginável naquela época. Não havia entre seus participantes
uma coletânea de idéias comum a todos, por isso ela se dividiu em
diversas tendências diferentes, todas pleiteando a mesma herança, entre
elas o Movimento Pau-Brasil, o Movimento Verde-Amarelo e Grupo da Anta, e
o Movimento Antropofágico. Os principais meios de divulgação destes novos ideais eram a Revista Klaxon e a Revista de Antropofagia. O principal legado da Semana de Arte Moderna foi libertar a arte
brasileira da reprodução nada criativa de padrões europeus, e dar início
à construção de uma cultura essencialmente nacional.
4. Orações Reduzidas e Adjetivas. ~ Dâmaris Bacon
a) Orações Reduzidas
- Caracterizadas por
possuírem o verbo nas formas de gerúndio, particípio ou infinitivo, ou seja,
nas suas formas nominais;
- Não são ligadas através de
conectivos (ex.: que e se);
- Para cada oração reduzida, tem-se uma
desenvolvida correspondente. Para melhor identificarmos que tipo de oração
reduzida temos, podemos desenvolvê-la. (Ser reduzida não quer dizer que é uma
oração pequena, mas apenas que não possui um conectivo);
- Possuem as mesmas características sintáticas das orações subordinadas desenvolvidas.
- Há três tipos de orações reduzidas:
- Possuem as mesmas características sintáticas das orações subordinadas desenvolvidas.
- Há três tipos de orações reduzidas:
a1. Reduzidas de Infinitivo
- É necessário gostar de frutas.
(que se goste de frutas)
a2. Reduzidas de Gerúndio
- Gosto de crianças correndo pela
casa. (que corram pela casa)
a3. Reduzidas de Particípio (voz
passiva, valor de adjetivo)
- Temos apenas um carro comprado
com muito sacrifício. (que compramos com muito sacrifício)
b) Orações Subordinadas Adjetivas
- Sintáticamente não são
necessárias, mas semânticamente podem ser:
b1. Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
- Ela é a mulher [que eu escolhi
para esposa.] > Or. Sub. Adj. Restritiva
- O bolo [feito pela minha mãe]
estava maravilhoso.> Or. Sub. Adj. Restr. Reduzida de Particípio
b2. Oração Subordinada Adjetiva Explicativa.
- O brasileiro, [que é
considerado um povo tão feliz], paga altos impostos.> Or. Sub. Adj.
Explicativa.
- Aquele é meu filho único,
[amado por toda a família.]> Or. Sub. Adj. Expl. Reduzida de Particípio.
# Dica – Nas orações
explicativas, dependendo da pontuação que se usa, há uma intenção diferente:
, … , > informação a
mais
- … - > informação
necessária
( … ) > a coisa mais
importante do texto – essencial.
5. Aniversários. ~ Cláudia Teixeira
A Nossa querida Supervisora Cláudia, juntamente com os alunos do PIBID, organizou uma lanche especial para essa sexta. Um bolo de aniversário, como direito a parabéns e homenagem, para as nossas aniversariantes CULT do mês. Eu, em nome de todas as professoras-em-formação - ou pibidianas - agradeço muito o carinho, reconhecimento e respeito de vocês. Obrigada, obrigada, obrigada.
Bom Pessoal, chegamos ao final de mais uma aula, espero que tenham gostado da minah estreia no Blog. Estudem, perguntem e não esqueçam que estamos aqui para ajudá-los.
~ Natalia Gouveia
~ Natalia Gouveia
#PibidLetrasCult
"A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida." - John Dewey
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