sexta-feira, 4 de maio de 2012

04/05- Entre Surpresas e Histórias...



Marianaaaaaaa!! o/

A aula de hoje começou com uma super surpresa: a Mariana Coelho apareceu para abrilhantar a nossa tarde com sua presença incrível. E eu (Tarciana) a apresentei para turma assim:
Eu:- Gente, essa é a Mari. Ela fazia parte do nosso grupo ano passado. Agora ela é tipo o PowerRanger Verde. Não, não. Tipo o Branco. Só aparece em ocasiões especiais. 
[...]
Mari:- Então você é o Zordom, Tarci!! 
hahahahahaha... [muitos risos depois...] E ela começou a falar do Millôr Fernandes. [Depois da luta que foi para conseguirmos ligar o datashow.]

Millôr Fernandes:

Milton Viola Fernandes nasceu no Rio de Janeiro, em 1923, e faleceu, também no Rio, em março desse ano. Mais conhecido como Millôr Fernandes desde que mandou fazer uma cópia da sua identidade e a recebeu com o nome "trocado", ele foi cartunista, humorista, desenhista, dramaturgo, escritor e jornalista brasileiro. Ele usava seu humor inteligente para criticar as forças dominantes. Órfão muito cedo, perdeu o pai quando ainda não tinha um ano de idade e a mãe aos 11 anos. Nessa época, Millôr e seus três irmãos foram separados, cada qual indo morar com um parente, e ele acabou indo morar com a avó em um quarto nos fundos da casa de um tio. Época em que ele, por ser adotado, não comia carne no almoço como os primos. Na adolescência, começou a ler e reproduzir quadrinhos e a enviá-los para O Jornal, o que lhe rendeu uma pequena quantia na época. Não demorou muito até que ele começasse a trabalhar no jornal O Cruzeiro, onde fazia de tudo um pouco. Era diagramador, escritor, editor e mais-qualquer-coisa-que-precisassem. Trabalhando para O Cruzeiro teve a chance de conhecer grandes nomes como Walt Disney e Carmem Miranda. Seu talento e sucesso não paravam de crescer! As suas produções geravam grandes tiragens e muitos fãs. Porém, a sua reeleitura da A Verdadeira História do Paraíso rendeu-lhe a demissão do jornal por ter sido considerada "matéria insultuosa às convicções religiosas do povo brasileiro". Foi depois desse período de turbulência que ele começou a traduzir peças teatrais, Millôr aprendeu inglês sozinho. Em 1968, ele iniciou uma parceria com a Editora Abril e passou a colaborar com a revista Veja. Também colaborou com O Pasquim. A sua irreverência lhe rendeu, também, censura pelos periódicos que passou, como pelo Jornal do Brasil. Para sair desse tipo de situação, em 2000 lança o site "Millôr Online" onde teve as suas obras digitalizadas. Nesse período, ele lutou pelos direitos autorais de muitos trabalhos feitos para a Editora Abril. Em 2011, ele é internado no hospital São Vicente, no Rio. Fica alguns dias na CTI e é liberado, mas volta a passar mal. Millôr havia sofrido um AVC, que foi mantido em sigilo pelos familiares por muito tempo. Esse ano, 2012, Millôr faleu em casa, foi cremado em cerimônia restrita aos amigos no Cemitério do Cajú, também no Rio.  

Poeminha com Saudade de Mim Mesmo
Quando eu morrer
Vão lamentar minha ausência
Bagatela
Pra compensar o presente
Em que ninguém dá por ela.
— Millôr in Poemas (1984)

Depois de Conhecermos o Millôr e agradecermos a Mariana Coelho pela ajuda e carinho, foi a nossa vez de treinarmos o Bingo Ortográfico. Funciona assim, óh: vocês receberam uma lista com +/- 25 palavras para estudar até a próxima sexta-feira. Entre as palavras estão: excelente, ficha, mexer, sinceridade, ansiosa e faixa. [alunos que estavam na aula, deixem todas as palavras que vocês anotaram aqui, sim?! É só abrir os comentários logo no final dessa página e anotar lá! Ajudarrrr.. vamos todos!!]

Natália explicando....

Em um terceiro momento, a nossa queridíssima Natália apresentou para vocês a diferença entre o romance, o conto e a fábula (já que a Mariana falou da crônica!). Vou resumir aqui bem rapidinho, porque "o tempo urge e a Sapucaí é grande!":

- O romance: é um gênero literário narrado em prosa e que tem um enredo detalhado na qual as personagens estão entrelaçadas. É, na maioria das vezes, longo. Sempre maior que o conto ou a fábula. E suas personagens não precisam participar da história até o final. Elas podem entrar, cumprir a sua missão e sair, sem prejuízo para a trama. São exemplos de romances: Dom Quixote, de M. Cervantes;, Orgulho e Preconceito, de Jane Austen; O Sofrimento do Jovem Werther, de Goethe, entre outros. 

- O conto: é um gênero literário conciso, mais curto que o romance. Em sua história há apenas um clímax, não há histórias secundárias, e as personagens também são bem definidas. Embora um número mínimo de palavras seja desconsiderado por leitores e editores, os contos têm, aproximadamente, 8 mil palavras. No Brasil, destacaram-se como contistas Clarice Lispector, Ruth Rocha e Monteiro Lobato. 

- A fábula: são composições literárias em que as personagens são animais, seres fantásticos, forças da natureza ou objetos, que apresentam natureza humana, como a fala. É um gênero literário que surgiu no Oriente e que procurava, por meio de diálogos, passar alguma sabedoria moral aos leitores. Um grande exemplo desse gênero literário no Brasil é Monteiro Lobato. 

A Natália falou ainda dos tipos de personagens também: a protagonista (é a mais desenvolvida e tudo gira ao seu redor); a central: é a que desperta mais ansiedade nos leitores (nem sempre é a protagonista) e antagonista (é a que traz ou representa um obstáculo). As personagens também podem ser redondas(são as que evoluem e mudam ao longo da história) e planas (essas não mudam, são previsíveis). Esses são os principais, viu?! Acho que vocês podem fazer uma pesquisa na net e encontrar outros e postar nos comentários como sugestão! =) O narrador da história pode ser heterodiegético: ele não participa da trama; autodiegético: ele participa e é o personagem principal; e homodiegético: ele participa da história e é um personagem secundário. 

Depois que a Nati explicou, foi a minha vez de mostrar para vocês, amigos lindos, várias versões de um texto muito conhecido por todos nós: Chapeuzinho Vermelho. O original, do escritor francês Charles Perrault, como eu disse em sala, não foi escrito para crianças. Ele foi escrito para ensinar lições de moral e de crescimento às pessoas de uma época. Com as adaptação infantil, o conto ficou bem "mais leve". E várias releituras dessa obra já foram feitas, inclusive por Chico Buarque com a sua Chapeuzinho Amarelo. Todos esses exemplos e explicações foram dadas para que vocês possam escrever a próxima proposta de redação. 

Reescreva o conto da Chapeuzinho Vermelho! Nessa atividade você deve usar toda a sua criatividade para mudar o narrador (já leram a história contada pelo lobo mal?) ou, ainda, para modificar o final da história. Entrega da primeira versão: 11/05. Lembrem-se do que eu expliquei sobre trabalhar as personagens: você escolhe quais irão aparecer na sua versão da história e dá para essas personagens características físicas e psicológicas, que estarão distribuídas ao longo do seu texto. 

Nos deixem orgulhosas! Caprichem! 

Um beijo CULT e boa semana,


Por falar em livros... todo mundo já viu o novo álbum lá no FB que traz indicações de livros? Ninguém tem livro aí para indicar, não é??!! Passem lá... 









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